POR ocasião da missa de trigésimo dia do primo José Carlos (de quem
muito gostávamos), filho do Tio Anacleto e da TiaYolanda, vim a saber
pela Thadea (esposa do José Carlos) e pela Myrian Cristiane (filha deles
e minha prima de 2o. grau) de um fato interessante e inusitado.
É que Papai nunca perdia o almoço de aniversário da Tia Yolanda. Consta
que adorava um empadão que era especialidade da Tia Yolanda.
Mais ainda, gostava muito da Cristiane e sempre se sentavam juntos e
conversavam sem parar...
Para isso, era assim que acontecia: antes de Cristiane casar, ela chegava
cedo e guardava o lugar para o Papai. Depois que casou, ele
chegava primeiro e guardava o lugar dela. Ao chegar Cristiane ele nem
bem esperava que ela cumprimentasse a todos e naquele jeito bem típico
dele apontava com o indicador o lugar vazio mostrando: guardei seu lugar.
Pudera, Cristiane é uma prima que continua tão bonita como era naquele
tempo!
VIAGEM DE TREM A SÃO PAULO COM PILVAS NO INÍCIO
DOS ANOS 70, SIMBA SAFARI etc.
oJoaquim Egídio, Fazenda Guariroba (próximo a
Campinas), 20 de junho de 2011, 02:51 am
Eu devia ter uns 6 ou 7 anos, logo 1970 ou 1971, e papai teve que
fazer uma viagem a SP, alguma coisa de trabalho e fui avisado que eu
iria com ele indo e voltando de trem! Achei a notícia dessa “aventura”
o máximo! Acho que foi a mamãe ou algum dos irmãos junto com ela que
nos levou até a Central do Brasil, naquela época provavelmente no
Itamaraty (carro 4 portas da Willys).
Era
de noite e embarcamos numa
cabine leito daquele trenzão todo prateado. O quartinho tinha uma cama
beliche super confortável mas claro que nos deitamos juntos na cama de
baixo que tinha ao lado um janelão. Acho que era a primeira vez que eu
andava de trem e eu estava animadíssimo. Papai explicou que a certa
altura da viagem eles trocariam a “máquinha”, ou seja a locomotiva,
por uma com cremalheira (engrenagem) para subir a serra, e eu não
queria perder essa troca por nada e disse que ficaria acordado a
viagem “inteira”! Me veio agora a lembrança deliciosa de estar deitado
ao lado do papai, ambos de pijamas, naquela cama confortável e
quentinha sob o lençol e a colcha e olhando pela janela a medida em
que iam passando as estações na saída do Rio de Janeiro, muito bom!
Naturalmente eu dormi e não vi mais nada...
Acordamos
na chegada a São
Paulo, acho que era a primeira vez que eu visitava essa cidade, mas
não me lembro de ter ficado impressionado, acho que naquele tempo a
cidade era grande mas para o meu olhar de criança, nada que fosse
muito diferente do Rio em termos de tamanho.
Papai foi até uma
repartição pública, eu acho, que funcionava numa casa, conversou daqui
e dali, viu o que eu acho hoje que eram plantas ou um projeto, e
depois saímos dali.
Acho
que ele não fez mais nada de trabalho aquele
dia. Pegamos um taxi e fomos ao Simba Safari! Acho que o taxi era um
Opala, não tenho certeza, mas me lembro como se fosse ontem das
recomendações da pessoa da entrada. Esse Simba Safari para quem não
foi, é um Zoológico onde os leões ficam (ou ficavam) completamente
soltos e você passava de carro e ia vendo os animais. Bom, na entrada
do tal parque o sujeito dizia, óbvio, que não podia sair do carro nem
abrir a janela, e ai colocava um fita adesiva prendendo todos os
vidros e todas as portas. Fizemos o passeio e foi uma curtição, mesmo
que hoje em dia não me lembre nada dos leões mas lembre com clareza a
fita adesiva de segurança que prendia as janelas e as portas... É como
funciona a cabeça dos Rodrigues, nos atemos a detalhes interessantes e
importantes que ninguém mais repara.
Devemos
ter feito um lanche ou
almoçado em algum lugar e de tarde pegamos um trem de volta para o
Rio. Na estação de trem me apaixonei por um carrinho de brinquedo
pequeno, tipo um carro esportivo, e o papai o comprou para mim.
O trem
desta vez só tinha cadeiras, me lembro que pareciam todas novas,
acolchoadas e coloridas, o trem parecia novinho por dentro, como se
fosse um avião dos dias de hoje. Viemos sentados um do lado do outro,
ele estava lendo o jornal ou outra coisa e eu ia brincando com o meu
carrinho e vendo a viagem passar.
Que delícia de viagem!
Pilvas
"GOLDE DE VISTA" PERFEITO...
Pilvas, 16 de junho de 2012, 14:10
Quando vínhamos de Petrópolis ele parava no ponto de ônibus em frente ao
sítio olhava e depois cruzava as pistas para entrar no sítio. Uma vez eu
estava com ele no Dodge e ele usou o famoso "golpe de vista" e não olhou
direito e começou a cruzar a pista, só que vinha um Opala a toda que
meteu o pé no freio e ia bater em cheio na gente aí o papai viu e pisou
fundo no acelerador e saiu da frente do outro carro que passou por nós
freiando enquanto entrávamos no sítio... Pois o sujeito do Opala voltou
e entrou no sítio rasgou o bolso da camisa dele e saiu correndo querendo
pegar o papai. Depois todos se acalmaram e ficou tudo bem...
POR ENQUANTO TERMINA AQUI...