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Mail do SITE da Urca, NÃO DA AMOUR (aninha.urca@gmail.com)

Pão-de-Açúcar

 
 
 
 
 
 

 

bairro da uRCA

 

 


O Rio começou na Urca 
 

Quando os franceses comandados por Villegagnon invadiram a baía de Guanabara, levaram Portugal a enviar uma expedição para expulsá-los da terra carioca. 

Pão de Açúcar e baía de Guanabara na época da descoberta do Brasil

Assim chegaram o Capitão-mor, Estácio de Sá, e seus homens à entrada da barra do Rio de Janeiro,

desembarcando em 1º de março de 1565. 0 local do desembarque, onde Estácio deu por fundada a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro ( em homenagem ao  Rei Dom Sebastião), foi a pequena faixa de terra na "várzea" ou "terra baixa e chã", entre os morros Cara de Cão e Pão de Açúcar. Que não é outra senão a atual praia de Fora, nos terrenos da Fortaleza de São João. Ou como escreveria no século XVII Frei Vicente do Salvador: "ao pé de um penedo que se vai as nuvens, chamado Pão de Açúcar".

Como não poderia deixar de ser numa cidade portuguesa e católica, ergueu-se uma ermida de taipa e sapê para entronizar a imagem de São Sebastião. O fundador, Estácio de Sá, morto em 1567, foi enterrado nessa mesma capela, e aí ficou ate 1583, quando foi trasladado para o Morro do Castelo, onde a cidade já se achava estabelecida. 

Localizavam-se as primeiras casas e igrejas da cidade   na área onde hoje funcionam a Fortaleza de São João e   a Escola de Educação Física do Exército. 

Apesar de todas as descrições indicarem a praia de Fora como local de fundação da cidade, alguns estudiosos discordam. É o caso, por  exemplo, de Ferreira da Rosa, que indica a praia Vermelha, também chamada Porto de Martim Afonso, como o local de fundação. 

A seguir, colaboração de Gilmar José Santanna de Barros aos 24/02/2007:

O trecho que o Sr. Ferreira Rosa ESPECULA que seja praia Vermelha (também

chamada Porto de Martim Afonso), como o local de fundação é totalmente sem

cabimento histórico, uma vez que a Urca com o Pão de Açúcar eram uma ILHA na

época da fundação da primeira cidade (cidade velha) - portanto a praia

vermelha só passou a existir entre 1659-1660 depois de um aterro feito por

ordem do Governador do Rio de Janeiro  Salvador Correia de Sá e Benevides

(1602 - 1688)

 

Assim a praia vermelha só passou a existir depois do aterro que conectou o

Pão de Açúcar / Urca ao continente, e posteriormente foi feito o mencionado

porto com o nome homenageando Martin Afonso.

A imagem de um antigo mapa, acima, mostra que o morro cara de cão e o pão de açúcar com a praia

de fora eram uma ilha, cujo nome era ILHA DA TRINDADE. Somente no século XVII (em 1697) é que se fez o aterro que ligou a ilha ao continente. No mapa há indicação das duas fortalezas - a antiga fortaleza dos franceses (expulsos) na Ilha de Villegaignon, onde fica atualmente a Escola Naval e a fortaleza portuguesa onde começou a cidade do Rio de Janeiro (Cidade velha) transferida para o Morro do Castelo por falta de espaço onde era a ilha do Pão de açúcar (na época ilha da Trindade).

 

A área em torno do Pão de Açúcar: não existiam a Praia Vermelha nem o terreno da Praça General Tibúrcio, que estavam cobertos pelo mar. O Oceano Atlântico comunicava-se diretamente com as praias da Saudade e de Botafogo. O Morro da Urca, o Pão de Açúcar e o Cara-de-Cão formavam um conjunto rochoso separado do continente - a Ilha da Trindade. Somente em 1697 é que se fez o aterro que ligou a ilha ao continente.

Mais que uma curiosidade, a descoberta deste fato solucionou um problema que intrigava os pesquisadores: porque Estácio de Sá teria escolhido um local tão vulnerável para se fixar e fundar a cidade? Agora sabe-se que o português estava certo: separado do continente, o conjunto do Morro Cara-de-Cão dificultava o ataque dos tamoios e dos franceses por terra.

 

Entre o Cara de Cão e o Pão de Açúcar, ou entre os morros da Urca e da Babilônia, o certo é que a cidade do Rio de Janeiro teve seu embrião nas proximidades do atual bairro da Urca. 

Com a mudança da cidade para o Castelo, a Vila ou   Cidade Velha, como passou a ser chamada,   destinou-se exclusivamente a defesa da baía de   Guanabara. Foram sendo erguidos fortes e redutos,   continuamente reformados e adaptados,restando do   século XVI um portão, de 1572, que foi tombado, em   1938, pelo então Serviço de Patrimônio  Histórico e   Artístico Nacional - SPHAN. Os demais, construídos por   ordem de D. Pedro II, em 1872, não foram ainda   tombados. 

Quanto à Urca, como bairro integrado à malha urbana do Rio de Janeiro, só viria a ser concebida e construída mais de 300 anos depois da fundação da cidade, como veremos adiante. 

a praia da saudade e a praia vermelha